Quando falamos em cooperação estamos nos referindo à ajuda mútua, pois as relações pedagógicas estão baseadas entre professores e alunos, que se transformam em aprendizes um do outro.
O processo educativo é uma ação social e a escola tem por finalidade construir cidadãos que além de buscarem conhecimentos adquiram também uma cultura para cooperação entre indivíduos, gerando consciência e responsabilidades entre estes, para que possam construir junto um sentido de vida.
As novas tecnologias e a globalização de informações estão se multiplicando dia a dia e influenciando na formação do indivíduo, nos valores e formação de consciências. Nesse sentido, a escola deveria vincular mudanças urgentes em suas práticas, estabelecendo métodos de cooperação na formação de nova consciência coletivos.
Para Piaget, a cooperação é o melhor caminho para o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Nas suas palavras:
Neste sentido as relações pedagógicas só podem supor um clima de confiança, no qual a afetividade está compreendida. Na realidade a educação forma um todo indissociável e não é possível formar personalidades autônomas no domínio moral se, por outro lado, o indivíduo está submetido a uma coerção intelectual tal que deva se limitar a aprender passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade: se ele é passivo intelectualmente não pode ser livre moralmente. Mas reciprocamente, se sua moral consiste exclusivamente numa submissão à vontade adulta e se as únicas relações sociais que constituem a vida da classe escolar são as que ligam cada aluno individualmente a um mestre que determina todos os poderes, ele não pode tampouco ser ativo intelectualmente. (PIAGET, 1973 apud DOLLE, 1987, p. 198).
A educação como formadora de indivíduos atuantes na sociedade teria que desenvolver uma consciência coletiva para resgatar valores e solidariedade, a fim de preparar melhor esses educandos para enfrentarem as futuras transformações, sejam, sociais, políticas ou econômicas
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